Sunday, January 29, 2006

Neve, neve...

Que lindo, está a nevar...

Thursday, January 26, 2006

Memórias do passado


Outra das bonitas imagens deixadas por estas tristes presidenciais!

Monday, January 23, 2006

Viva Maria!

"De acordo Com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a embaixada portuguesa em Londres.

Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado.

Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.

As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos.

Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.

É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.

A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 2ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos.

O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7, 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.

Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.

A nossa Maria merece.

Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92 portugueses com um salário de 500 Euros a descontar à taxa de 20%."

Friday, January 20, 2006

Que jóia!

"Os 3 adversários que tenho pela frente são homens que têm muita experiência, quer porque todos já foram candidatos a Belém, quer porque todos juntos somam mais de 210 anos! é uma experiência secular!"

Francisco Louçã, sobre Eleições Presidênciais

Olhares

Aviso desde já que isto não faz nada o meu género. Acho que me apaixonei. Não sou daquelas pessoas que se apaixona de cinco em cinco segundos (quanto muito desejo frenética e rapidamente alguém), que suspira fundo após um olhar mais arrebatador ou inocente ou doce ou... não. Esse não sou eu. Tenho a tendência para desconfiar das pessoas que leêm livros sobre o amor e paixão, não acredito no amor à primeira vista (piadinha fácil: geralmente é necessário passarem mais uma ou duas vezes!). Não sou um romântico.
Hoje, porém, ao ver aquele olhar sorridente, dei por mim a suspirar e a pensar... pá, ficavas-me tão bem! Caramba, quem sou eu?

Graçola

Monday, January 16, 2006

Erotismo longínquo



Imagens do ano passado


(Dedicado à sereia, numa acesa discussão por ela levantada em seu blog)



Domingo

O dia de ontem fez-me sentir optimista, apesar de chuvoso. Foi o dia das coisas bonitas, soube a um Domingo porreiro, com futebol no meio e conversas com correnteza.
Isto tudo apesar dos apesares. Apesar de achar que não conheço o mundo à minha volta, apesar de achar que não conheço as pessoas e, sobretudo, que não me conheço. Mas gostava.
Aprecio, entretanto, gestos bonitos e simples. Coisas como o "oh, perdão, esqueci-me de lhe segurar a porta", do senhor idoso com o ar mais simples no olhar do mundo, dos "muito obrigado", "tenha um bom-dia" e "nasceu hoje, tá tudo bem"!
(Jovem Álvaro, bem-vindo ao mundo - sabe, desde já, que o "tio" brindou muito, com outros "tios", à e pela tua saúde!)
Apesar de achar que é uma loucura colocar um puto no mundo, um bébé é sempre liiindo. A emoção de o ter será absolutamente indescritível (e perdoem-me, já agora, a visão mais masculina da coisa, sem dores-de-parto, contracções, mudanças de peso e humor e tudo mais. Feliz ou infelizmente, apenas sofremos por simpatia pelas nossas companheiras ou amiga grávida).
Outra das coisas bonitas que me comoveu foi esta notícia. Passo a transcrever a notícia - como se apresenta publicada na revista do jornal "Público" de ontem. Texto de Dulce Neto.
"Nicholas Negroponte, do famoso MIT (Massachussets Institute Of Technology), inventou o HDI - Hundred Dollar Labtop - para que todos possam ter um portátil. Pode funcionar sem energia eléctrica ( a energia pode ser gerada pelo bater das teclas, por exemplo) e, entre muitas outras funcionalidades interessantes, terá o Skype, o programa que permite falar ao telefone pelo computador, sem pagar. Está-se mesmo a ver o que isto será de revolucionário para os meninos do Terceiro Mundo. Custa menos de 100 doláres (82 euros) mas não é para vender. É para que todas as crianças do mundo pobre os possam ter, o que depende das iniciativas governamentais de cada país. Vale a pena ler sobre esta campanha. www.media.mit.edu"
É bonito poder brindar o Álvaro com esta notícia tão cheia de esperança (desculpa contradizer-te, Joana). Espero que existam meninos e meninas suficientes para os virem a disfrutar. Sim, que isto de se ter de combater numa guerra, de se ter um horário sobrecarregado numa fábrica ou de se ter de lutar para comer, de se ser abusado para comer, leva muito do tempo e da educação de uma criança.
Saúde também para o senhor Negroponte, pela iniciativa e excelente ideia. Críticas e derrotismos são mais fáceis de se lançar do que a tentativa de se fazer algo. E agradeço o Skype, essa bela invenção da comunidade internáutica. Talvez os putos, quando chegarem à nossa idade, já estejam livres de pagamentos de bem que deveriam ser considerados com essenciais, como àgua, luz e outros. Ou talvez não.
Ofereço, a todos vós, um sorriso sincero mas rasgado de BOM DIA! (ah, mas o Euromilhões é pra mim!)

Wednesday, January 11, 2006

As mamas da boa amiga

Sinto-me devasso e com confidiencialidades á flor da pele. Não sei o que se passa. Ando à rasca com esta sinceridade de ser humano. Perdõem-me.

Lapida delicada cada palavra. Cada uma palavra é vida, uma sede constante, uma chamada de atenção. O mundo, do mundo, ao mundo, o dia que se sucede assim, dolente.
O dia é a fronteira que nos junta e nos desliga. Há, algures, pessoas que sabem fixar o tempo, nem que seja por breves instantes, entre palavras cansadas, cantadas, que nos impelem a continuar. A continuar subindo a colina.
Lembro-me de quando te vi. A primeira vez de todas. Nessa altura ainda não eras minha e eu era de outra pessoa. Lembro-me que te deste a mim, e que não deste por nada. Eu, sorrindo, achei uma chachada isto de se pensar que se pertence a uma pessoa. Não se pertence a nada. Só a nós próprios.
Um escritor, ora aí está, profissão extravagante: alguém que comunica para o mundo, que fala sobre e do mundo, do alto da sua torre de isolamento, do seu eu. No seu próprio mundo fechado, trancado à chave.
Lembro-me que, logo ali, na primeira vez que te vi, me apeteceu estar fechado contigo, trancar-te comigo, encerrar-te em mim, cerrar a minha mão nos teus tão generosos seios. Não sei o que te diga. Sinto-me incomodado agora, olhando para trás. Na altura, era para ti que olhava.
Comparavam sapatos. Eu mergulhava no teu decote. Trocavam risadas e faziam planos para mais logo. Eu encontrava-me no fim do mundo, onde estavas alheada. O miradouro, várias colinas, Olissipo, a líbido, o teu Verão e a minha tesão.
Não calhou nunca dizer-te mais nada. Na vida perdemos, por vezes, os timmings. Foi rápida a troca de olhares.
Foste logo embora porque os sapatos novos magoavam. "Mas, com uns pés tão bonitos, porque não vais descalça?", alguém disse. Apeteceu-me acrescentar, "e o soutien, não te magoa?". Não te conhecia. E nunca fui bom com palavras tolas.

Saturday, January 07, 2006

Consolo

Um mar azul, a lua cheia.
A saudade de algo indefinido a sobrepor-se ao mar azul.
Avistam-se barbatanas ao longe.

Logo o tubarão parte à sua procura...

Quando...

Quando nos faltam as palavras, olhamos para as palavras dos outros, usamo-las, invejamo-las, copiamos com a cobiça de as querermos nossas. Serão as palavras, digo eu, verdadeiramente nossas?

Quando olhamos alguém nos olhos, o que é suposto dizermos? Teremos um tempo certo para mostrar aquilo que nos vai dentro? Será que perdemos a alma ao olhar para dentro dos olhos de alguém?
E o que é que se ganha com isso?

Quando batemos com a cara na porta, porque insistimos nós? Por desespero? Loucura? Embriaguez? Ou apenas por pura malícia?

Quando dizemos a alguém "amo-te", não estaremos a dizer "ama-me"?

Wednesday, January 04, 2006

Calma...

O Pai Natal foi raptado no Iraque. O fim-de-ano começou com um segundo de atraso. O ano passou e a única coisa que vejo são mais cinco cêntimos nos transportes, mais alguns noutras coisas. O pessoal passeia-se por todo lado com cordas ao pescoço. Dizem que a solução passa por acabar com a história de ter um homem a perder meia-hora a cavar um buraco, enquanto os outros dez fumam cigarros, lhe dizem "olha, falta aqui um bocado" ou mandam piropos às miúdas. A solução atravessa-se na perda do orgulho calão e no dar nas vistas.
Não se iludam, comecei o ano em beleza. Ainda não estou sequer irritado. São só resquícios do ano passado. De anos passados. Como diz a canção "AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAii a minha vida!"

Tuesday, January 03, 2006

Para 2006

"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento.
Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar."

Bernardo Soares
Livro do Desassossego